
Certo estava meu avô, que eu nem conheci, mas que há décadas já dizia: empregada não é um mal necessário, é um péssimo necessário. Dia da faxina! A faxineira fascinante já chegou na minha casa e o dilema da faxina impera no meu lar. Sim, é um dilema! No início tudo são flores. Ela é de confiança, tem boas referências, então você pode sair pra fazer qualquer coisa que te livre da incômoda sensação de dois corpos ocuparem o mesmo lugar no espaço, no caso, seu mini-apartamento. Na volta, a casa está cheirosa, limpinha, nenhuma poeira, janelas impecáveis, tudo do jeitinho que você pediu. Mas o tempo vai passando e a liberdade de estar sozinha na hora da faxina parece ir diminuindo a qualidade do serviço. É uma prateleira que ficou com poeira numa semana, uma manchinha no chão na semana seguinte, a janela sem limpar, a cozinha sem brilhar... E os pequenos defeitinhos do início começam a parecer enormes: é a “palheta que tava dentro da gaveta, e a gaveta dentro do congelador. E o pior é que a geladeira tava dentro da banheira e a banheira no meio do corredor.”
Aí começa o dilema. Fico ou não fico em casa? Ficar em casa gera aquela pressão, as coisas ficam mais bem feitas, mas por outro lado, eis que a dita cuja começa a se sentir íntima da dona da casa. São casos e mais casos de namorados ciumentos, filhos com problemas na escola, vizinhas metidas e fofoqueiras, e por mais que se responda com um simples ã-hã, a fim de evitar delongas, os casos não acabam nunca. Toda semana tem alguma coisa sobre o que se falar. No caso, sobre o que ela falar e eu ficar ouvindo, enquanto faço, ou tento fazer minhas coisas. Daí pra começar a dar palpite na minha vida é um pulo. Mas não precisei esperar esse pulo. Eis que um dia ela se sentiu à vontade o suficiente pra usar a escova de cabelo do meu marido. Gota d’água, né? Vou partir pra outra, pra daqui um tempo ter que passar pelo mesmo dilema... será que tem que ser assim? Nesse processo de “se sentiu muito à vontade, tá na hora de trocar”, já é a minha terceira.
Pode até parecer maldade minha, mas eu não quero uma faxineira amiga, cheia de liberdades, que venha pegar meu filho no colo quando ele chorar. Quero uma faxineira robô, que faça o serviço e volte pra sua casa da mesma maneira que chegou, sem interações. E justo agora que eu estava precisando que ela viesse duas vezes por semana... O bebê vem aí e eu não consigo nem imaginar a possibilidade de mais uma pessoa para dar palpite nos cuidados com o recém-nascido. Sim, porque existe um fenômeno que acontece na maioria das mulheres que já tiveram filho que é elas se sentirem no direito de dar opinião na maneira de você cuidar do seu. Se é o primeiro então, se prepare! Uma avalanche de tias, primas distantes, amigas da mãe, amigas da sogra e, liderando o grupo, a própria sogra, irá aparecer do nada para dar opinião sobre tudo que envolve o universo do bebê.
Então, fugindo de mais uma “amiga” pra dar um palpite duas vezes por semana, sempre que o bebê chorar por causa de uma cólica, ou não quiser mamar, ou simplesmente se eu colocar uma manta mais fina e ela achar que está inapropriada para o clima, resolvi mudar. Vou começar com uma novinha, sem liberdades, sem escovas de cabelo e esforçando-se para demonstrar um bom serviço no início do “contrato”. Meu sonho mesmo era ter aquela robô do desenho dos Jetsons. Mas depois, comecei a pensar bem e lembrei que até ela era intrometida e ficava dando opinião na vida dos donos da casa. Além do meu avô, esse Nei Lisboa também estava certo: “num instante fascinante, de repente tão ruim”.
Aí começa o dilema. Fico ou não fico em casa? Ficar em casa gera aquela pressão, as coisas ficam mais bem feitas, mas por outro lado, eis que a dita cuja começa a se sentir íntima da dona da casa. São casos e mais casos de namorados ciumentos, filhos com problemas na escola, vizinhas metidas e fofoqueiras, e por mais que se responda com um simples ã-hã, a fim de evitar delongas, os casos não acabam nunca. Toda semana tem alguma coisa sobre o que se falar. No caso, sobre o que ela falar e eu ficar ouvindo, enquanto faço, ou tento fazer minhas coisas. Daí pra começar a dar palpite na minha vida é um pulo. Mas não precisei esperar esse pulo. Eis que um dia ela se sentiu à vontade o suficiente pra usar a escova de cabelo do meu marido. Gota d’água, né? Vou partir pra outra, pra daqui um tempo ter que passar pelo mesmo dilema... será que tem que ser assim? Nesse processo de “se sentiu muito à vontade, tá na hora de trocar”, já é a minha terceira.
Pode até parecer maldade minha, mas eu não quero uma faxineira amiga, cheia de liberdades, que venha pegar meu filho no colo quando ele chorar. Quero uma faxineira robô, que faça o serviço e volte pra sua casa da mesma maneira que chegou, sem interações. E justo agora que eu estava precisando que ela viesse duas vezes por semana... O bebê vem aí e eu não consigo nem imaginar a possibilidade de mais uma pessoa para dar palpite nos cuidados com o recém-nascido. Sim, porque existe um fenômeno que acontece na maioria das mulheres que já tiveram filho que é elas se sentirem no direito de dar opinião na maneira de você cuidar do seu. Se é o primeiro então, se prepare! Uma avalanche de tias, primas distantes, amigas da mãe, amigas da sogra e, liderando o grupo, a própria sogra, irá aparecer do nada para dar opinião sobre tudo que envolve o universo do bebê.
Então, fugindo de mais uma “amiga” pra dar um palpite duas vezes por semana, sempre que o bebê chorar por causa de uma cólica, ou não quiser mamar, ou simplesmente se eu colocar uma manta mais fina e ela achar que está inapropriada para o clima, resolvi mudar. Vou começar com uma novinha, sem liberdades, sem escovas de cabelo e esforçando-se para demonstrar um bom serviço no início do “contrato”. Meu sonho mesmo era ter aquela robô do desenho dos Jetsons. Mas depois, comecei a pensar bem e lembrei que até ela era intrometida e ficava dando opinião na vida dos donos da casa. Além do meu avô, esse Nei Lisboa também estava certo: “num instante fascinante, de repente tão ruim”.
Sua faxineira empilha tudo num canto? Então não reclama, podia ser pior. A minha sofre da "síndrome da aversão a espaços ocupados". Ela junta tudo, certamente movida pela lógica - dela - de que quanto mais espaço vago melhor. Tudo o que está em cima da mesa fica empilhado em um espaço de, no máximo, 15 cm quadrados, e o que está na pia e no chão também... Cremes empilhados, livros empilhados, potes da cozinha espilhados, papéis empilhados, maquiagem empilhada... eu amo espalhar tudo de novo!
ResponderExcluirHhhmmmmm, já sei quem é a Sis Preta! Kkkkk...
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